quarta-feira, 15 de junho de 2011

Lembranças.



As lembranças que eu tenho agora de você me parecem tão distantes, tão longe de mim, assim como você. Parece que nada disso aconteceu, que tudo não passou de frutos da minha imaginação. A única coisa que me faz acreditar em que tudo isso foi real é a dor e a saudade que restou, e que ocupa um espaço muito grande em mim na maioria das horas, em todos os dias. Todas as vezes que você passa por mim, meu coração dispara, eu fico ofegante, e eu perco completamente os sentidos. Não consigo esboçar nenhuma reação. Mas quando você já está atrás, as lágrimas se formam e eu faço das tripas coração até chegar em casa. Remexo no meu computador procurando os históricos idiotas do MSN, no qual ficávamos até duas da manhã dizendo absolutamente nada. E eu gostava assim, porque eu sentia você perto de mim. As pessoas, os lugares me lembram você. Me lembro da virada do ano, em que você bêbado me pediu em namoro ajoelhado no meio da rua e eu roxa de vergonha, de quando você me disse pela primeira vez que me amava e eu te disse que não. De como você falava das coisas mais estúpidas e eu ria loucamente. Lembro de todas as noites que você tava no meu portão, de como o seu perfume ficava grudado em mim e o meu em você. Lembro também das últimas conversas que me machucaram tanto, e que você pareceu ter se esquecido o quanto eu te amava e que isso não era importante pra você. Das palavras desperdiçadas, vãs, desnecessárias. Lembro de quantas vezes eu fui pra casa mais cedo pra poder te ver, e de deixar os meus amigos falando que eu não devia continuar com isso, que era melhor eu esquecer porque eu iria me magoar. Lembro também de todas as desculpas que você me pediu ao longo desse tempo, das vezes em que você deu alguma mancada e como eu passei por cima disso como se não fosse nada. Lembro de ter ido contra todos os meus amigos só dois nos apoiaram  pra poder ficar com você. Lembro também de todas as brechas que eu te dei pra você me contar que ainda estava com ela. Mas você não o fez. É como se cada vez que eu me lembrasse de você, eu me afogasse, me afundasse ainda mais. Como se você e a dor fosse o que me traz para baixo, mas você fosse o único que poderia me salvar. Mas você não vem, e a cada dia mais eu afundo ainda mais, e cada metro a mais para baixo, fica ainda mais difícil retornar, e sinto como se eu pudesse ficar presa lá por muito tempo, só esperando a hora de você entrar nesse mesmo espaço e me resgatar. Mas você não está lá e nem tem planos pra voltar. E apesar de todas essas coisas. De todas as dores, todas as noites muito mal dormidas. Eu fico melhor quando eu te vejo, nem que seja quando eu passo por você na rua, eu fico melhor quando os meus sonhos são com você, eu fico melhor quando alguma coisa me faz lembrar você, sentir você.Depois de tudo isso você é a única pessoa que me acalmaria depois de tanto estresse. Depois de todas essas coisas no fim do dia, eu ainda te amo.

Um comentário:

  1. Que texto liiiindo cara, juro, que lindo!
    Tô lendo um livro que me lembrou sua escrita nesse texto. Uma frase dele diz assim 'a dor é a ultima ligação que tenho com o nosso amor', sei lá, me lembrou esse texto :D
    Força, doce.

    ResponderExcluir